terça-feira, 25 de novembro de 2008

Agressividade VERSUS Assertividade

O que é a Agressividade?




A agressividade designa uma tendência ou conjunto de tendências, especificamente humanas marcadas pelo carácter ou vontade de cometer um acto violento sobre outrem, destruí-lo, coagi-lo, humilhá-lo, etc.





Uma pessoa agressiva:

¨ Exprime de forma hostil as suas preferencias, quer por actos, quer por palavras, tentando levar os outros a obedecer-lhe, não respeitando os seus direitos;

¨ Tende a manifestar uma atitude de ataque (verbal ou físico) quando é ameaçada, tornando-se desagradável para os outros;

¨ Gosta de conhecer as vulnerabilidades dos outros para os agredir e vencer quando tem oportunidade para tal;

O modo como interage com os outros leva-a a ser considerada uma má companhia e a ser evitada.


Uma pessoa assertiva (auto-afirmativa):
" É aquela que, embora respeite os direitos dos outros, luta pela defesa dos seus próprios direitos.

¨ A sua opinião é expressa, mesmo que divirja da dos outros, de forma aberta, honesta, o que leva a que os outros a tenham em conta;

¨ Está disposta a manifestar as suas necessidades e a solicitar directamente aquilo que precisa;

¨ Quando lhe dizem “não” aprende a reconhecer que esse “não” é dirigido ao facto em causa e não à sua pessoa;

¨ Consegue gerir melhor as interacções pessoais, conseguindo mantê-las com um nível menor de conflito e maior satisfação mútua durante mais tempo.

Técnicas de assertividade:
þ Durante uma conversa o contacto do olhar deve ser estabelecido entre o próprio e o outro, não olhando fixamente mas antes numa posição natural que revele “atenção” e não “inquirição”;

þ A modulação da voz deve variar consoante o realce que a pessoa quer dar ao assunto que expõe;

þ A face, que é o “espelho” das emoções, deve estar em consonância com o que se exprime verbalmente, transmitindo confiança e sinceridade;

þ Os gestos moderados devem reforçar as palavras;

þ A postura deve ser adequada à circunstância.

Como devo agir perante uma situação difícil ou stressante?!

1º Recusar pedidos:
Em situações em que a pessoa tenha de dizer “não”, esta atitude deve ser tomada logo de inicio, pois é a forma de magoar menos a outra pessoa e impedir o desenvolvimento de um comportamento a que não se pode aceder (ex.: “muito obrigada mas não posso aceitar”).

2º Resposta a críticas:
É importante conseguir distinguir a crítica construtiva da crítica manipulativa.
A primeira representa uma opinião, não tenta impor pontos de vista e serve para ajudar o próprio. Neste caso tudo o quanto a pessoa precisa responder é:

· .“muito obrigada, desconhecia esse aspecto; não tinha pensado nisso”

Quando a crítica é manipulativa pode utilizar-se várias estratégias:

· Encontrar algum aspecto onde ambos estejam de acordo;
· Colocar ao outro um grande número de porquês;
· Aceitar a crítica sem mais comentários;
· Ignorar.

3º Exprimir uma crítica:
A crítica deve começar e acabar num ponto positivo acerca do sujeito;
Deve exprimir aquilo que realmente se sente, mas sem magoar os sentimentos do outro;
O tom de voz deve ser neutro e não de forma zangada;

4º Quando o outro se torna agressivo e levanta a voz:
Não se pode perder a calma e, com voz serena, deve dizer-se:

· “Vejo que não dá para falar contigo, quando tiveres em condições de falar avisa”;

· “só falo contigo quando me falares de forma correcta”.

A importância de saber agir!!

Saber agir de forma certa, no momento certo não é tarefa fácil. Uma pessoa que saiba usar adequadamente o diálogo enfrenta com mais facilidade as situações embaraçosas ou difíceis de resolver.
-Saber actuar ajuda-nos a viver melhor em sociedade, liberta-nos de situações stressantes e cria condições para as evitar no futuro.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dicas para os pais...

A sede de aprender da criança manifesta-se insaciável, por isso não a menospreze. Não lhe chega brincar só com os brinquedos, precisa também dos pais:

· Fale com ela– o diálogo deve ser algo primordial e quotidiano, nunca poderá ser substituído por presentes, dinheiro, etc.
· Brinque com ela– a brincadeira é um treino para o futuro e estimula as suas capacidades físicas e mentais.
· Discuta com ela– responda a todas as suas perguntas, mas dê à criança liberdade para pensar por si própria.
Explore com ela- dê à criança segurança para que ela possa conhecer e explorar o mundo.



O que fazer quando o
comportamento da criança é
inadequado?


· Perante desobediências, birras, erros e condutas inapropriadas não reaja com severidade. A força e a severidade só podem ser transmitidas num tom alterado de uma voz, com gritos e outras expressões descontroladas. O que o educando aprende é a agressividade, o descontrolo, o desequilíbrio e a fraqueza na defesa de um qualquer ponto de vista;

· A verdadeira autoridade nasce do respeito mútuo, da compreensão e da clarificação dos comportamentos. E, é assim que a criança aprende a obedecer;
· Tente ignorar os comportamentos inadequados, dando a entender à criança que a sua má conduta não merece a menor atenção. Por outro lado, dê elogios nos momentos adequados, de forma a reforçar os bons comportamentos e desempenhos do seu filho;

· Imponha limites à criança, ,mas de modo a que não sejam entendidos como um desafio. As normas devem ser dadas com coerência e razão, uma vez que o objectivo da obediência não é “vencer”, mas sim “convencer”.


Adquirir hábitos educativos de ordem e de cuidar das coisas, desde a primeira infância, facilita e incrementa a ordem mental, a destreza, a eficiência, a habilidade, clareza de conceitos e sobretudo a responsabilidade essencial para a vida futura!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Conto...

Apresentado de forma simples e familiar os contos representam situações com o poder de suscitar narrativas relativas aos mais diversos temas.
Pelo seu simbolismo, os contos têm o poder de permitir vivenciar determinadas emoções e levar a criança a reflectir e exteriorizar na própria narrativa as suas experiências mais pessoais.
O conto tem para a criança um poder de atracção universal, oferecendo personagens sobre ou em relação às quais a criança pode manifestar o que se passa na sua cabeça, estimulando a expressão do seu mundo. Ao despertar a curiosidade e a imaginação da criança, os contos são uma metodologia adaptada ao conhecimento da vida da criança, assim como ao seu desenvolvimento moral (Duss, 1971).





“O caracol e a borboleta”
Eu vi um lindo caracol com os pauzinhos ao sol, pensei ter na minha frente um bichinho prudente, mas ao perguntar-lhe onde ia vi logo que mentia. Fugiu da escola o preguiçoso, levando às costas a sacola, num passo lento e moroso, escondia-se entre as ervas do jardim até que as aulas chegassem ao fim…
Mas em breve foi descoberto, por uma borboleta que passava perto, era uma borboleta linda e esperta que de tudo se mantinha alerta.
Ao ver o preguiçoso caracol com os pauzinhos ao sol, foi pousar numa linda flor e falou-lhe neste teor:
“Caracol preguiçoso e casmurro, teus pauzinhos são orelhas de burro, jamais deixarás esse chão que molhas ao passar para comigo poderes voar, destróis tudo por onde passas como as velhas e feias traças, que pena caracol!”




O caracol ouviu envergonhado, tudo o quanto a borboleta falou, reconheceu que andava errado e nunca mais à escola faltou